domingo, 16 de outubro de 2011

Após goleada em Goiânia, Adilson Batista é demitido do São Paulo

Atlético-GO vence São Paulo por 3 a 0 e derruba técnico Adilson Batista


adilson batista são Paulo (Foto: Rubens Chiri / Agência Estado)

Depois de dominar a primeira etapa, Tricolor é envolvido no segundo tempo e vê rival vencer com facilidade: 3 a 0

O Atlético-GO infelizmente atropelou o São Paulo por 3 a 0 neste domingo, no Serra Dourada, em Goiânia, pela 30ª rodada do  Brasileirão. O sonho do Tricolor de ser campeão brasileiro pela sétima vez ficou cada vez mais distante. E o desejo de voltar a disputar a Taça Libertadores em 2012 está seriamente ameaçado.

O São Paulo, que chegou ao sexto jogo seguido sem vitória, vai dormir pela primeira vez fora do grupo que garante vaga na principal competição das Américas no ano que vem. O Tricolor é o sexto colocado, com 48 pontos. Já o Atlético-GO, que sofreu apenas uma
O Dragão voltou a ser um terror na vida de Adilson Batista. Em 2010, o time do Centro-Oeste provocou a saída do treinador do Corinthians. Neste nacional, na estreia do comandante no São Paulo, houve empate por 2 a 2, no estádio do Morumbi. E neste domingo, os comandados por Hélio dos Anjos saíram de campo com a vitória. Após o tropeço, o técnico foi demitido. Seu desempenho: sete vitórias, nove empates e seis derrotas em 22 jogos: aproveitamento de 45,4%.
derrota nas últimas nove partidas, subiu para décimo, com 42 e, mais do que nunca, sonha com uma vaga na Copa Sul-Americana em 2012.
Tricolor joga melhor, mas Atlético abre o placar
Se forem analisados o volume de jogo de cada equipe e as oportunidades criadas no primeiro tempo, pode-se dizer que a vantagem parcial do Atlético-GO por 1 a 0, gol marcado por Gilson, foi injusta. Nos primeiros 45 minutos, o São Paulo esteve melhor em campo. Mas, o rival, que se preocupou apenas em marcar, na única bobeada defensiva do time paulista, fez o seu gol.
O Tricolor entrou em campo pressionado pelos resultados de Corinthians, Botafogo, Flamengo e Fluminense. Adilson Batista mandou a formação ideal do meio para frente, com Lucas, Cícero, Dagoberto e Luis Fabiano. A vaga de Juan, suspenso, ficou com Carlinhos Paraíba.
Já o Atlético, mesmo atuando em casa, deixou claro qual seria a sua estratégia com a escalação de três volantes de muita pegada (Marino, Bida e Pituca).
O time paulista chegou com perigo logo aos dois minutos, quando Luis Fabiano, na cara do gol, foi travado pela marcação. O Atlético respondeu aos 11, quando Anselmo quase surpreendeu Rogério Ceni em chute por cobertura.
O Dragão optou pela marcação individual para parar o São Paulo. Anderson era o encarregado de bloquear Luis Fabiano. Bida cuidava de Lucas, enquanto Marino vigiava cada passo de Dagoberto. O problema do Tricolor era que seu meio-campo pouco produzia. Wellington e Denilson faziam os desarmes, mas deixavam a desejar nos passes ofensivos.
Lucas foi uma figura apagadíssima, enquanto Cícero atuou muito recuado. Aos 21, Ceni quase fez em cobrança de falta. Quatro minutos depois, o Atlético abriu o marcador. Após Rogério espalmar falta de Vitor Júnior, houve cobrança de escanteio pela direita, a zaga tricolor afastou e, na sobra, Anderson cruzou na medida para Gilson que, sozinho na área, só deu de testa e saiu para o abraço: 1 a 0 e festa no Serra Dourada.
A torcida são-paulina, maioria no estádio, começou a pedir Rivaldo. O time não desanimou e passou a perder chances. Aos 32, em jogada inacreditável, a bola bateu três vezes na trave de Márcio, em lances de Rhodolfo, Luis Fabiano e Xandão. Dois minutos depois, Piris cruzou
e Dagoberto bateu por cima. O Atlético se limitava a dar bicos para longe para afastar o perigo. Na última jogada importante do primeiro tempo, Luis Fabiano recebeu de Dagoberto e bateu à esquerda de Márcio.
São Paulo cai de produção; Dragão toma conta

Como se fosse um passe de mágica, o São Paulo voltou completamente diferente para o segundo tempo. Lento e sem inspiração, o Tricolor viu o Dragão rapidamente tomar conta do jogo. Aos seis, Anselmo só não marcou porque exagerou na firula e permitiu a defesa de Rogério Ceni.
Aos 14, no entanto, não teve jeito: após falha de Xandão, que perdeu de cabeça para Felipe, a bola foi cruzada na área pela direita, Anselmo bateu, Ceni espalmou e, após toque no travessão, Felipe aproveitou o rebote e bateu de pé direito: 2 a 0.
Foi o golpe de misericórdia no São Paulo. O time se desligou do jogo. Adilson Batista ainda tentou a entrada de Rivaldo na vaga de Cícero. Nada adiantou. Pelo contrário: aos 24, Sandro Meira Ricci apontou mão na bola de Xandão dentro da área. Pênalti. Na cobrança, Anselmo bateu no canto esquerdo de Ceni e fez 3 a 0.
Daí para a frente, a torcida do Dragão foi ao delírio. Aos gritos de 'olé', o time fez o que quis em campo, enquanto o São Paulo, entregue, não conseguia reagir. Marlos ainda entrou na vaga de Dagoberto mas pouco produziu. No apito final, a festa do time da casa e a preocupação para os lados do Morumbi: ou o Tricolor muda radicalmente sua postura nas oito rodadas que faltam ou, pelo terceiro ano seguido, terminará a temporada como figurante.

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